quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A inquisição em Portugal


No caso do acusado não se mostrar arrependido ou de ser reincidente, era condenado, em cerimónias chamadas autos-de-fé, a morrer na fogueira. A inquisição em Portugal terminou em 1821 depois da revolução liberal de 1820.

A inquisição era um tribunal eclesiástico destinado a defender a fé católica: vigiava, perseguia e condenava aqueles que fossem suspeitos de praticar outras religiões. Exercia também uma rigorosa vigilância sobre o comportamento moral dos fiéis e censurava toda a produção cultural bem como resistia fortemente a todas as inovações científicas. 
Na verdade, a igreja receava que as ideias inovadoras conduzissem os crentes à dúvida religiosa e à contestação da autoridade do Papa. A 23 de maio de 1536 – bula do Papa Paulo II - estabelece a inquisição em Portugal, no reinado de D. João III os judeus foram os mais perseguidos pela inquisição em Portugal. As novas propostas filosóficas ou científicas eram, geralmente, olhadas com desconfiança pela inquisição que submetia a um regime de censura prévia todas as obras a publicar, criando o Index (catálogo de livros cuja leitura era proibida aos católicos) sob pena de excomunhão. As pessoas viviam apavoradas e sabiam que podiam ser denunciadas a qualquer momento sem que houvesse necessariamente razão para isso. Quando alguém era denunciado, levavam-no preso e, muitas vezes, era torturado até confessar. Alguns dos suspeitos chegavam a confessar-se culpados só para acabar com a tortura.

 

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